Laysa Peixoto: carreira no setor espacial em cheque
Redação Exame
Publicado em 12 de junho de 2025 às 13h51.
A jovem brasileira Laysa Peixoto, que viralizou ao afirmar que seria a primeira astronauta brasileira a ir ao espaço, teve seu currículo questionado após instituições ligadas ao setor espacial apontarem uma série de contradições e informações falsas.
Laysa, que publicou imagens nas redes sociais usando um capacete com o logo da Nasa, teria adulterado a foto para incluir o logo da agência espacial americana. Versões da mesma imagem circulam sem o símbolo da agência, o que sugere manipulação. Ela também se apresentava como aluna da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mestranda na Universidade Columbia, nos Estados Unidos — ambas as instituições negaram o vínculo.
Mesmo a Titans Space, empresa que Laysa dizia representar como astronauta de carreira, não tem autorização da Federal Aviation istration, agência reguladora dos Estados Unidos, para operar voos espaciais. A empresa confirmou que a jovem foi aceita como "candidata a astronauta", mas afirmou que a missão espacial prevista para 2029 ainda está em fase conceitual, sem espaçonaves construídas nem cronograma de voo definido.
Em nota divulgada após a repercussão negativa, a assessoria de Laysa recuou em parte das alegações. Afirmou que ela participou de um curso educacional da U.S. Space & Rocket Center, um museu espacial no Alabama que oferece experiências simuladas para estudantes — atividade sem qualquer vínculo com a formação oficial de astronautas.
A nota também afirma que ela nunca disse trabalhar para a Nasa e que o site da Titans Space estaria "desatualizado", razão pela qual seu nome não aparece listado entre os astronautas. A empresa, no entanto, reforçou que Laysa está apenas no início de um longo processo seletivo, sem previsão de atuação em voos espaciais.