Inteligência Artificial

Databricks, de bancos de dados para IA, projeta US$ 3,7 bilhões em receita; crescimento será de 50%

Com US$ 3,7 bilhões em receita anualizada e crescimento de 50%, Databricks acelera expansão global e reforça estratégia com nova base de dados e 3.000 contratações em 2025

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 12 de junho de 2025 às 06h48.

Última atualização em 12 de junho de 2025 às 06h48.

A Databricks, startup de análise de dados e inteligência artificial, deve alcançar uma receita anualizada de US$ 3,7 bilhões até julho de 2025, o que representa um crescimento de 50% na comparação ano a ano. O dado foi apresentado pelo CFO Dave Conte durante briefing para investidores e analistas realizado durante o Data + AI Summit, em São Francisco.

Com uma taxa de retenção líquida superior a 140% e quase 50 clientes com gastos acima de US$ 10 milhões por ano — entre mais de 15 mil empresas atendidas —, a Databricks consolida sua posição como uma das startups mais valiosas do setor. Em dezembro de 2024, a companhia arrecadou US$ 10 bilhões em uma rodada de investimentos que a avaliou em US$ 62 bilhões.

Mesmo com números robustos, o executivo não comentou sobre planos para abertura de capital. A companhia atua em um mercado disputado, com concorrentes como Snowflake, que vale cerca de US$ 70 bilhões e tem receita ligeiramente maior, de pouco mais de US$ 4 bilhões anualizados, e também grandes provedores de nuvem que oferecem ferramentas próprias de data warehousing, ou armazenamento de dados estruturados.

O CEO Ali Ghodsi afirmou que a Databricks pretende contratar 3.000 novos funcionários em 2025, o que ampliaria seu quadro atual de cerca de 8.000 pessoas. Segundo Conte, a empresa ficou próxima de alcançar fluxo de caixa livre positivo no último ano fiscal, encerrado em janeiro.

Nova aposta: banco de dados Lakebase amplia escopo da empresa

A Databricks também anunciou uma prévia do Lakebase, seu novo software de banco de dados construído com base na tecnologia da Neon, startup adquirida por US$ 1 bilhão recentemente. O objetivo é aumentar o mercado endereçável da empresa ao oferecer soluções que integrem de forma nativa dados transacionais e analíticos.

Para a Databricks, que já é referência em data lakes e análise baseada em machine learning, o lançamento do Lakebase posiciona a empresa de forma mais ampla no ecossistema de dados, mirando usuários que buscam uma base transacional sem abrir mão da performance em IA.

O momento também marca o reconhecimento da empresa como uma das mais inovadoras do ano. A Databricks ficou em terceiro lugar no ranking Disruptor 50 de 2025 da CNBC, atrás apenas da OpenAI e da Anduril.

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